sábado, 6 de julho de 2013

Até o fim

Quando tudo doi...
No coração, agonia!
Repenso o que foi,
''Estrada com ciprestes e estrelas'' - Van Gogh (1890)
Pois não é ironia,
Que um dia ruim
Cause grande epifania

Eu aqui de Arlequim,
A minha maior fobia!
Boba, eu choro
Não entro em histeria
E sim imploro
Uma enorme calmaria...

Respiro e levanto
Já que vejo no futuro
Um verdadeiro acalanto,
Seguro e maduro
E com esperança, canto:
''Caí, mas eu vou até o fim!''


G. Farfalla

2 comentários:

  1. Eis a beleza das dores passageiras, daquelas que que não resistem ao fluxo do tempo.

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  2. Aproveito o comentário acima pra destacar que essas dores passageiras rendem as melhores poesias! Mas, tirando isso, te digo que já fui Arlequim, Pierrot e Colombina, não sei dizer, porém, qual doeu mais. De qualquer forma, nessas tristezas a alma também cria anticorpos, doutora, e aprendemos a levar algumas dores maiores. Guarda a causa da tua dor e quem te faz Arlequim, deixa num lugar bonito dentro de ti, pois daqui a pouco saberás que as coisas que hoje te fazem sofrer retornarão pra enxugar tuas lágrimas futuras. Transformado em aprendizado, tudo o que hoje derramaste em forma de choro vai ser recuperado em som de riso
    Beijo grande.

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